As Nações Unidas disseram hoje que estão preocupadas com “trabalhos de construção não autorizados” na zona de proteção fortemente militarizada em Chipre.
A ONU, que supervisiona a zona que separa cipriotas gregos no sul e cipriotas turcos étnicos no norte, disse que o trabalho de construção vai contra as resoluções do conselho de segurança e é uma violação do status quo na área.
Em comunicado, a ONU saudou a interrupção da construção e a remoção de equipamentos e pessoal.
Na semana passada, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, disse que a construção causou ferimentos a funcionários da ONU e danificou vários de seus veículos.
Guterres disse que isso representa “crimes graves” contra a ONU.
O conselho de segurança reafirmou seu apoio à missão de manutenção da paz no Chipre, uma das mais antigas em atividade no mundo.
O governo turco criticou a decisão do conselho de segurança.
“Acreditamos que, com este movimento, as Nações Unidas perderam sua neutralidade”, disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, a repórteres.
O pessoal da ONU na área foi enviado pela primeira vez para reprimir a violência entre cipriotas gregos e turcos na década de 1960.
Guterres propôs a nomeação de um enviado da ONU para prestar apoio no caminho para as negociações formais, iniciativa que ainda não chegou a um acordo entre todas as partes envolvidas.
