Johnson, por outro lado, é sempre fácil de ler, sempre com o coração na manga. Embora Michael não pretenda ser visto, isso não pode ser evitado, e essa franqueza de caráter é precisamente o que incita tanto amor por ele. Ele não é retratado como uma vítima, mas como um dependente. E enquanto percorremos sua vida nos três estágios de Virgem, não é até sabermos da partida de Francis (cujo contexto não é explicitamente revelado até o ato final) que vemos Michael assumir sua autoridade. Ele é o núcleo enfático do filme, dirigindo o peso emocional e expressando-o com sensibilidade em sua gravidade, contrastando com a disposição fria de Francis.

Como seu bairro vê um aumento na violência de gangues, Francis se retira. Os irmãos atingem a maioridade durante o renascimento do hip-hop dos anos 1990, já que o sonho de Michael é ser um mestre de cerimônias como o Dr. Dre. No entanto, à medida que ele cresce, afastando-se cada vez mais da unidade familiar e tornando-se independente, a família fica abalada. A mãe deles, Ruth (Marsha Stephanie Blake), é uma força de amor duro, mas terno. Suas ideias para o lar são rígidas, mas seu amor por Michael e Francis se opõe a eles em um típico dilema entre cabeça e coração. Blake tem uma atuação impressionante enquanto vemos seu desenvolvimento tanto quanto o de Michael. Da infância dos meninos à eventual partida de Francis, Ruth passa por ondas de mudança que ela não consegue acompanhar, e seu relacionamento com Michael complementa o coração do filme depois que Francis sai de cena.

A trilha sonora fascinante de Todor Kobakov une a exibição emocional do filme a seus visuais impressionantes. Tocada em momentos meditativos, a música traz “Brother” para a terra, enquanto esquemas de cores quentes versus frias pintam a tela com uma dissonância condenatória. Nenhum sentimento em “Irmão” deixa de ser sentido; cada elemento de sua filmagem toca no coração. Enquanto Michael navega em sua memória, tentando conciliar ideias de masculinidade com circunstâncias implacáveis, surge um estudo: o da determinação do espírito e a imortalidade do amor familiar. “Irmão” é um retrato da juventude negra enfrentando forças além de seu controle.

Agora em cartaz nos cinemas.

Fonte: http://www.rogerebert.com

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