A cidade do Rio de Janeiro foi abalada por uma tragédia que resultou na morte de três médicos ortopedistas e deixou um ferido. A Polícia Civil, em uma investigação incisiva, encontrou os corpos de quatro suspeitos do ataque a tiros que abalou a comunidade médica.
Os trágicos eventos se desenrolaram na madrugada de quinta-feira (5), quando os médicos foram baleados na avenida da praia da Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os profissionais, identificados como Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf de Souza Bomfim, este último irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), foram socorridos pelos bombeiros, mas infelizmente não resistiram aos ferimentos. Um quarto médico ficou ferido e está internado.
As investigações apontam para um motivo surpreendente por trás desse ataque brutal. Acredita-se que traficantes, confundindo um dos médicos, Perseu Ribeiro Almeida, com o filho de um miliciano local, tenham executado o ataque. O alvo inicialmente planejado seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, um dos principais líderes da milícia que atua na zona oeste do Rio.
Os corpos dos supostos autores do ataque a tiros foram encontrados em dois veículos em pontos diferentes da zona oeste. Um dos mortos estava no porta-malas de um veículo na Praça da Gardênia, na Gardênia Azul, enquanto os outros três estavam em outro veículo, em uma rua próxima ao Riocentro.
Entre os suspeitos identificados, destaca-se um traficante conhecido como Lesk, que teria migrado da milícia para o Comando Vermelho. Investigadores acreditam que ele teria sido o responsável por ordenar o ataque contra os médicos.
A tragédia ocorreu em um momento em que os médicos estavam no Rio de Janeiro para participar do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, um evento internacional com apoio da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, entidade à qual os médicos pertenciam.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, solicitou que a Polícia Federal acompanhe de perto a investigação desse terrível incidente. Sâmia Bomfim, irmã de uma das vítimas, é casada com o também deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).
