Tensões Aumentam na América do Sul em Meio a Disputa de Território

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No epicentro de uma tensão crescente na América do Sul, os Estados Unidos prometem fortalecer os laços de defesa com a Guiana, à medida que a Venezuela convoca um referendo para reivindicar a soberania sobre o território disputado do Esequibo. A nova embaixadora dos EUA na Guiana, Nicole Theriot, durante uma cerimônia recente, enfatizou o compromisso de fortalecer a parceria em defesa entre os dois países, visando abordar ameaças transversais e reforçar a segurança regional.

Essa promessa ocorre no contexto da escalada da disputa territorial entre Venezuela e Guiana, que remonta ao século 19. Na quarta-feira, Caracas condenou a postura da embaixadora dos EUA, acusando a Guiana de agir em prol das empresas energéticas americanas. O foco da contenda está nas operações da Exxon Mobil na costa da Guiana, onde grandes reservas de petróleo foram descobertas.

A Venezuela alertou a comunidade internacional sobre as ações da Guiana, que, segundo Caracas, visam escalar um conflito impulsionado pela ambição financeira de sua elite governante. Essa disputa também levanta questões sobre a presença militar dos EUA na Guiana, que foi anunciada em setembro e envolve sessões de planejamento estratégico para fortalecer a prontidão militar e a capacidade de resposta a ameaças de segurança.

A batalha judicial sobre o Esequibo teve origem na Corte Internacional de Justiça, mas se transformou em uma escalada de tensões nos últimos meses. O governo e a oposição guianesa reafirmaram sua determinação em defender o país em face do referendo venezuelano. Em resposta, o primeiro-ministro guianês, Mark Phillips, afirmou que o tempo de negociação se esgotou e que o país seguirá a decisão do Tribunal de Haia. O presidente guianês, Irfaan Ali, denunciou as posturas de Caracas como “ilegais” e prometeu resistir.

Por outro lado, a Venezuela continua denunciando os interesses da Exxon Mobil e acusando a Guiana e os EUA de protegerem a exploração de petróleo na região. O presidente Nicolás Maduro qualificou as declarações do primeiro-ministro guianês como “covardes” e insinuou uma ligação com interesses estrangeiros.

As tensões na região continuam a crescer, e a resolução desse conflito delicado permanece incerta.

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