Novos dados apontam recuperação no mercado de trabalho
A taxa de desemprego no Brasil continua sua tendência de queda, conforme revelado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No trimestre encerrado em setembro, a taxa de desemprego chegou a 7,7%, marcando uma redução de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Isso representa uma queda de 1 ponto percentual desde o mesmo período em 2022.
Essa taxa é a mais baixa registrada desde fevereiro de 2015, quando estava em 7,5%. Os números são fruto da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada recentemente pelo IBGE.
O Brasil também viu o número de pessoas ocupadas atingir seu ponto mais alto desde 2012, com quase 100 milhões de trabalhadores atualmente empregados.
Outros indicadores revelam uma melhoria adicional no mercado de trabalho. O contingente de pessoas desempregadas diminuiu para 8,3 milhões, o menor nível desde maio de 2015. Enquanto isso, a população subutilizada, que gostaria de trabalhar mais, registrou uma queda de 14,0% em 12 meses, totalizando 20,1 milhões de pessoas, o menor contingente desde fevereiro de 2016.
Além disso, a população desalentada, composta por pessoas que desistiram de procurar emprego, caiu 4,6% em relação ao trimestre anterior e 17,7% no último ano, com 3,5 milhões de pessoas, o menor número desde setembro de 2016.
O setor privado também apresentou sinais de recuperação, com o número de empregados com carteira de trabalho, excluindo trabalhadores domésticos, atingindo 37,4 milhões, representando um aumento de 1,6% no trimestre e 3,0% no ano. Este é o maior contingente desde janeiro de 2015, quando alcançou 37,5 milhões.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também mostraram resultados positivos, com a criação de 211.764 vagas formais de emprego em setembro. No acumulado do ano, o país gerou 1,6 milhão de empregos.
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, reforçou sua estimativa de um saldo de 2 milhões de empregos criados neste ano. Ele acredita que a retomada de obras e a política de valorização do salário mínimo, entre outros fatores, terão um impacto ainda maior no emprego em 2024.