No último final de semana, uma onda de solidariedade tomou conta do mundo, com milhões de pessoas de diferentes nações unidas em protestos em prol do povo palestino. Esse movimento coincidiu com o Dia Mundial de Solidariedade ao Povo Palestino e ocorreu em resposta ao aumento dos ataques israelenses, refletindo a luta internacional pela autodeterminação dos povos.
As manifestações demonstraram um caráter de classe poderoso, com trabalhadores de todo o mundo erguendo suas vozes contra a política colonial promovida pelo Estado de Israel, apoiado pelo imperialismo. No entanto, é notável que a mídia hegemônica em muitos países do “Ocidente” tende a ignorar esses eventos significativos, perpetuando uma narrativa favorável a Israel e negligenciando a magnitude dessas manifestações globais.
Apesar das restrições impostas em alguns países, como França e Alemanha, que tentaram impedir protestos pró-Palestina, grandes manifestações foram realizadas em algumas das principais cidades europeias. Londres, Paris, Berlim, Milão, Bucareste e muitas outras viram multidões reunidas em apoio à causa palestina, exigindo um cessar-fogo imediato e denunciando a cumplicidade de seus governos no sofrimento do povo palestino.
Nos Estados Unidos, centenas de milhares de manifestantes marcharam em cidades como Washington, Nova Iorque e Seattle, criticando o apoio incondicional do governo americano ao genocídio palestino. Em Jacarta, capital da Indonésia, mais de 2 milhões de pessoas saíram às ruas, marcando uma das maiores manifestações desde o início do conflito. E na Turquia, manifestações ocorreram em Istambul e outras cidades, com uma concentração em frente a uma base da OTAN que abriga tropas dos EUA.
O Brasil não ficou de fora desse movimento global, com manifestações em 16 cidades de todas as regiões do país. Mais de 10 mil pessoas se uniram para demonstrar solidariedade à Palestina, com destaque para um grande protesto na Avenida Paulista, em São Paulo.
Essas manifestações ocorrem em um momento de aumento acentuado do conflito entre Israel e Palestina, com relatos de bombardeios intensificados, uso de armas proibidas e ataques a instituições civis. Em meio a essa escalada de violência, figuras do governo israelense levantaram a possibilidade de um ataque nuclear à Faixa de Gaza.
Entretanto, é alarmante que a mídia burguesa continue a atuar como um porta-voz dos interesses israelenses, muitas vezes justificando ações de guerra e minimizando o sofrimento do povo palestino. Nesse contexto, é fundamental a solidariedade global para pressionar por uma solução pacífica e justa para o conflito, defendendo os direitos e a autodeterminação do povo palestino.