São Paulo Rejeita Maciçamente Propostas de Privatização em Plebiscito Histórico

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Na esteira de uma mobilização sem precedentes, quase 900 mil cidadãos paulistas fizeram ouvir sua voz em um plebiscito organizado por sindicatos e movimentos populares. Os resultados, anunciados nesta quinta-feira (16), revelam uma rejeição avassaladora, com 97% dos votos contrários à privatização dos trens de passageiros, do metrô e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

O governador bolsonarista Tarcisio de Freitas (Republicanos) enfrenta uma resistência significativa da população, que expressou seu descontentamento de maneira contundente. As urnas, estrategicamente distribuídas em pontos de grande circulação, como estações e terminais de transporte público, foram palco de uma manifestação coletiva contra os planos de privatização.

A divulgação dos resultados coincide com uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), destinada a discutir a possibilidade de privatização da Sabesp. A magnitude da mobilização reflete-se não apenas nos votos, mas também em um expressivo abaixo-assinado, assinado pelos participantes do plebiscito, que será entregue ao poder público.

Este plebiscito é o ápice de uma campanha de mobilização conduzida por representantes dos trabalhadores da Sabesp, do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). A greve conjunta ocorrida em 3 de outubro demonstrou a união dessas categorias contra os projetos de privatização. Uma nova paralisação, agora ampliada para outras categorias, está agendada para o próximo dia 28.

A mobilização recebe amplo apoio de diversos setores da sociedade, parlamentares e representantes de outras categorias profissionais. Durante o ato que antecedeu a audiência na Alesp, o deputado estadual Guilherme Cortez (PSOL) destacou a resistência diante da tentativa de transformar a Sabesp em uma entidade controlada pela iniciativa privada.

“A iniciativa privada não é capaz de atender o interesse público. Se a empresa privada tiver que escolher entre aumentar o valor da conta ou oferecer um serviço de melhor qualidade, ela vai escolher sua lucratividade. E a conta vai ser cobrada da população”, alertou o deputado.

Diante dos argumentos da secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, os representantes dos trabalhadores, como José Faggian, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema), reforçaram a resistência, enfatizando os riscos associados à privatização.

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