Rússia critica cúpula de paz saudita por não fornecer ‘o menor valor agregado’

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descartou uma reunião internacional de paz patrocinada pela Ucrânia que está sendo realizada na Arábia Saudita hoje como não tendo o “menor valor agregado”.

Altos funcionários de cerca de 40 países se reuniram no domingo na cidade portuária de Jeddah, dizendo que seu objetivo é encontrar um acordo pacífico para acabar com a guerra na Ucrânia.

Os organizadores da reunião de dois dias disseram que seu objetivo é chegar a um acordo sobre os princípios-chave que podem formar a base para um acordo com a Rússia para encerrar o conflito, que dura mais de 17 meses.

Mas nenhum convite para a reunião foi feito ao governo russo, tornando difícil ver o que poderia ser alcançado, além de reafirmar posições previamente anunciadas pelas autoridades ucranianas.

Uma declaração do Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que, sem a participação de Moscou, a reunião seria totalmente inútil e não forneceria “o menor valor agregado”.

A declaração reiterou a disposição do Kremlin de encontrar uma solução diplomática para acabar com a guerra, acrescentando que está pronto para responder a quaisquer propostas de paz sérias.

Mas Mykhailo Podolyak, um conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, rejeitou as exigências anteriores de Moscou, dizendo que concordar com elas daria às forças russas tempo para se aprofundar nas partes da Ucrânia que ocuparam.

Postando no site de mídia social X, Podolyak insistiu que as forças russas devem se retirar totalmente das áreas ocupadas e que Kiev não se comprometeria com isso.

Enquanto isso, o Serviço de Segurança Ucraniano afirmou ter detido um suposto informante russo que havia reunido informações sobre a viagem do presidente Zelensky à região sul de Mykolaiv no mês passado.

Ele alegou que a mulher “estava coletando dados para um ataque aéreo durante a visita do Sr. Zelensky”.

A mulher tentou estabelecer a rota, horários e visitas do presidente na região.

Os ucranianos alegaram, sem apresentar provas, que a mulher foi detida quando tentava passar a informação aos russos.