O presidente Luiz Inácio Lula da Silva emergiu como uma voz proeminente na cena internacional ao defender, durante a cúpula extraordinária dos Brics, a criação de um Estado palestino como a “única solução possível” para a persistente guerra em Gaza. Lula destacou a necessidade de fronteiras seguras e mutuamente reconhecidas entre o novo Estado e Israel, apelando para a retomada imediata do processo de paz entre as duas nações.
Ao abordar as raízes do conflito, Lula ressaltou as décadas de frustração e injustiça, representadas pela ausência de um lar seguro para o povo palestino. Ele enfatizou a importância de monitorar atentamente a situação na Cisjordânia, onde assentamentos ilegais israelenses continuam a ameaçar a viabilidade de um Estado palestino.
Enquanto isso, na África do Sul, o Congresso aprovou uma proposta impactante para fechar a embaixada do país em Israel e cortar relações diplomáticas. A moção, apresentada pelo partido governista Congresso Nacional Africano, obteve 248 votos a favor e 91 contra. A medida, que inclui a suspensão de todas as relações diplomáticas até que um cessar-fogo seja alcançado, aguarda a sanção do presidente Cyril Ramaphosa para entrar em vigor.
O contexto histórico do conflito árabe-israelense, datando de 1948, quando Israel foi estabelecido, foi revisitado, destacando questões não resolvidas, como a criação esperada de um Estado árabe na Palestina e a ocupação israelense nos territórios palestinos. O conflito atual, desencadeado pelo Hamas em 2023, foi descrito como um ciclo de violência desproporcional, recebendo críticas internacionais por seu impacto devastador.