Um líder político encontra-se no epicentro de um furor político e social após um comentário altamente controverso. Mário Esteves, prefeito de Barra do Piraí, foi expulso do Solidariedade, seu partido, devido a uma declaração que gerou indignação generalizada. O episódio ressalta a importância das palavras proferidas por figuras públicas e como estas podem influenciar a opinião pública e as decisões partidárias.
A situação ocorreu durante a inauguração de uma estrada na cidade fluminense. Em seu discurso, Esteves fez uma observação que rapidamente se espalhou, causando consternação. Ele sugeriu que meninas fossem “castradas” como forma de controle de natalidade em Barra do Piraí. Seu comentário foi feito no contexto da necessidade de construção de creches na região devido ao grande número de crianças.
As palavras do prefeito geraram reações imediatas, e a Direção Estadual do Solidariedade decidiu expulsá-lo do partido. A legenda condenou sua declaração como “misógina” e demonstrando “total desrespeito às mulheres”. O partido enfatizou que não toleraria tais comentários ofensivos.
Esteves, que se tornou prefeito de Barra do Piraí em 2017 pelo MDB, foi reeleito em 2020 pelo Republicanos e depois se juntou ao Pros, que posteriormente se fundiu com o Solidariedade. Apesar da polêmica, ele tentou explicar sua declaração, alegando que não teve a “intenção de ofender quaisquer parcelas da população, muito menos mulheres.” Ele afirmou que confundiu os termos “laqueadura” e “castração” e que o comentário foi feito em um “momento de descontração”.
Este incidente destaca a importância de políticos escolherem suas palavras com cuidado, especialmente em um ambiente político onde a retórica muitas vezes polariza e pode desencadear reações intensas. Comentários inadequados, independentemente da intenção por trás deles, podem ter repercussões sérias e moldar a percepção pública.
Este não é o único caso recente de expulsão de membros do Solidariedade devido a declarações controversas. Em São Paulo, Hery Kattwinkel, também do partido, foi expulso após fazer “falas ofensivas” contra ministros do tribunal. Sua confusão entre Maquiavel e “O Pequeno Príncipe” durante suas argumentações também chamou a atenção da mídia e do público.