O encontro entre o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova York, resultou no lançamento de uma plataforma conjunta destinada a abordar os desafios prementes do mercado de trabalho. No cerne dessa iniciativa, está a determinação de combater o crescente problema da precarização do trabalho em todo o mundo.
Tanto o Brasil quanto os Estados Unidos enfrentam atualmente questões laborais complexas. Os norte-americanos lidam com uma das maiores greves das últimas décadas, com trabalhadores da indústria metalúrgica paralisando suas atividades em busca de reajustes salariais e garantias trabalhistas.
No Brasil, sindicatos e empresas de serviços por aplicativos enfrentam obstáculos na busca pela regulamentação do setor. A questão é ainda mais intrincada, pois o governo em exercício alega que a reforma trabalhista de 2017 precarizou o trabalho, enfraquecendo os sindicatos.
Além disso, os desafios se estendem à Quarta Revolução Industrial, que abrange tecnologias de automação e troca de dados e tem suscitado preocupações em relação à redução de postos de trabalho. Paradoxalmente, alguns argumentam que essa transformação não resultará necessariamente em perdas de emprego, mas sim em uma reconfiguração das qualificações profissionais.