Paquistão suspende condenação e pena de prisão de Imran Khan

UM TRIBUNAL no Paquistão suspendeu hoje a condenação por corrupção e a pena de prisão de três anos do antigo primeiro-ministro Imran Khan.

A vitória legal do ex-astro do críquete que se tornou político ainda significa que Khan provavelmente enfrentará um novo julgamento no devido tempo, mas a decisão lhe permitirá disputar as próximas eleições parlamentares.

O Tribunal Superior de Islamabad também concedeu fiança a Khan, mas não ficou imediatamente claro se ele será libertado, uma vez que também enfrenta uma série de outras acusações apresentadas desde que foi deposto por um voto de desconfiança no parlamento em Abril de 2022.

Os advogados de Khan disseram que o tribunal lhe concedeu fiança, mas temiam que ele pudesse ser preso novamente por qualquer um dos mais de 200 casos movidos contra ele.

Gohar Khan, um dos advogados de Khan, disse: “Entramos com um pedido separado solicitando que o tribunal emita uma ordem que impeça as autoridades de prendê-lo em qualquer outro caso.

“Se as autoridades o prenderem em qualquer outro caso, isso será contra os seus direitos legais.”

Khan foi condenado e sentenciado no início deste mês por um tribunal que o considerou culpado de ocultar bens depois de vender presentes do Estado que recebeu durante o mandato. Ele nega as acusações.

No início deste mês, a Comissão Eleitoral do Paquistão desqualificou Khan de concorrer ao cargo durante cinco anos. Segundo as leis do Paquistão, nenhuma pessoa condenada é elegível para liderar um partido, concorrer a eleições ou ocupar cargos públicos.

Khan insiste que a sua destituição do cargo foi uma conspiração do seu sucessor, Shebaz Sharif, dos militares do Paquistão e dos Estados Unidos – acusações que todos negam.

Sharif deixou o cargo este mês, após o término da legislatura.

De acordo com a constituição, uma votação deve ser realizada em outubro ou novembro. Até então, o primeiro-ministro interino, Anwaar-ul-Haq Kakar, dirige os assuntos do dia-a-dia do país.