Nesta sexta-feira (20), a Polícia Federal desvendou um intrincado episódio que envolve o suposto uso impróprio de um sistema sigiloso de monitoramento pela Agência Brasileira de Investigação (Abin) com o propósito de rastrear a geolocalização de dispositivos móveis.
Nessa narrativa complexa, emerge a suspeita de que dois servidores da Abin, alvo de processos administrativos disciplinares, tenham empregado seu conhecimento sobre a suposta má utilização do sistema como uma ferramenta de coação indireta para evitar possíveis demissões.
Entretanto, o enredo se aprofunda. Informações indicam a apreensão de aproximadamente US$ 150 mil nas residências dos investigados. A investigação em curso também se volta para a origem desse dinheiro, lançando luz sobre uma intriga financeira digna de investigação minuciosa.
No centro desse enigma, funcionários e diretores da Abin são suspeitos de terem empregado um equipamento estrangeiro para espionar telefones de figuras de destaque, incluindo políticos, advogados, jornalistas, juízes e até ministros do Supremo Tribunal Federal. Esses eventos, que se desenrolaram principalmente nos últimos anos do governo anterior, suscitam questionamentos sobre a integridade das instituições e a necessidade de um jornalismo investigativo e crítico.
Essa operação de impacto foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal e envolve 25 mandados de busca e apreensão, além de dois de prisão preventiva, abrangendo diferentes estados, como São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Goiás e o Distrito Federal.