Zona Oeste do Rio Sofre com Ato de Vandalismo após Morte de Miliciano
No Rio de Janeiro, a Zona Oeste testemunhou uma onda sem precedentes de violência na última segunda-feira, quando 35 ônibus e um trem foram incendiados em um único dia. Esse episódio sombrio marca o maior número de coletivos destruídos na história da cidade, conforme reportado pelo Rio Ônibus.
Os ataques, claramente orquestrados por grupos criminosos locais, surgiram em resposta à morte de um miliciano influente na região. O dano financeiro estimado apenas com a destruição dos veículos ultrapassa a marca de R$ 35 milhões.
Dados levantados pela Globonews revelam que cerca de 70% dos habitantes do Rio de Janeiro dependem dos ônibus coletivos para seus deslocamentos diários. Com esses veículos incendiados, a população enfrenta um desafio adicional: menos meios de transporte, mais pessoas nos pontos de ônibus e uma dose extra de frustração ao tentar chegar ao trabalho e voltar para casa.
A Zona Oeste, com sua população de 2,6 milhões de habitantes, representa aproximadamente 41% da população da cidade, abrangendo 40 bairros e ocupando 70% do território municipal. Entre os ônibus destruídos, 20 eram da frota municipal, 5 pertenciam ao BRT, e outros eram de uso turístico e de fretamento. Além dos coletivos, veículos e pneus também foram queimados, bloqueando vias em bairros como Campo Grande, Santa Cruz, Paciência, Guaratiba, Sepetiba, Cosmos, Recreio, Inhoaíba, Barra, Tanque e Campinho.
Conforme relata o portal G1, pelo menos 12 suspeitos de envolvimento nos ataques a ônibus foram detidos, enquanto seis foram liberados por falta de provas substanciais. O governador Cláudio Castro classificou os autores desses ataques como “terroristas” e afirmou que buscará incansavelmente a prisão dos três principais líderes do crime.
“Esses três criminosos, Zinho, Tandera e Abelha: não descansaremos até prendê-los”, declarou o governador em entrevista à imprensa.
