Ministro da Justiça Refuta Acusações de Ligações com Milicianos no Rio

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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, não deixou acusações sem resposta durante sua participação na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara nesta quarta-feira. Dino enfrentou críticas de deputados bolsonaristas que o acusaram de envolvimento com o crime organizado no Rio de Janeiro.

Com determinação, o ministro declarou: “Um dos maiores erros políticos que houve no Rio de Janeiro foi o incentivo às milícias. As milícias foram incentivadas por políticos. Protegidas por políticos. Eu nunca homenageei miliciano, eu não sou amigo de miliciano, não sou vizinho de miliciano, não empreguei no meu gabinete filho de miliciano, esposa de miliciano. E, portanto, não tenho nenhuma relação com o crime organizado no Rio de Janeiro.”

Dino também mencionou indiretamente o emprego de Danielle Mendonça da Nóbrega, ex-mulher do miliciano Adriano da Nóbrega, no gabinete de Flávio Bolsonaro durante o período em que o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro era deputado estadual no Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério Público do estado, ela recebeu 776 mil reais em salários ao longo de 11 anos.

Em 2019, Adriano da Nóbrega foi apontado pelo MP-RJ como o líder de um grupo chamado “Escritório do Crime”, responsável por assassinatos na região. As acusações indicaram que Adriano fazia parte de uma milícia em Rio das Pedras, na Zona Oeste da capital fluminense.

É importante lembrar que Adriano da Nóbrega faleceu em 2020, durante um confronto com a polícia em uma operação na Bahia. A declaração do ministro também se relaciona a Ronnie Lessa, acusado, junto com Élcio Queiroz, de ter assassinado a vereadora Marielle Franco no início de 2018. Lessa morava no Condomínio Vivendas da Barra, o mesmo local onde residia Jair Bolsonaro na época.

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