Em um apelo comovente e corajoso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez soar sua voz diante do conflito devastador que assolou Gaza e Israel. Em um comunicado público dirigido ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, Lula clamou pela intervenção internacional em nome da humanidade.
“Crianças jamais poderiam ser feitas de reféns, não importa em que lugar do mundo“, afirmou o ex-presidente em uma postagem em seu perfil no X, antigo Twitter, na manhã desta quarta-feira. Ele instou que o Hamas liberte as crianças israelenses que foram sequestradas de suas famílias e pediu a Israel que encerre os bombardeios para permitir que as crianças palestinas e suas mães deixem a Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito.
A situação é angustiante, conforme relata o Ministério da Saúde da Palestina. Quase 60% dos feridos na Faixa de Gaza são mulheres e crianças. Os números são alarmantes, com 1.055 palestinos mortos e 5.184 gravemente feridos. Em Israel, os números não são menos devastadores, com pelo menos 1.200 mortos e 2.700 feridos.
“É preciso que haja um mínimo de humanidade na insanidade da guerra. É urgente uma intervenção humanitária internacional. É urgente um cessar-fogo em defesa das crianças israelenses e palestinas**”, enfatizou Lula no comunicado.
O Brasil, na presidência provisória do Conselho de Segurança da ONU durante o mês de outubro, está comprometido em somar esforços para encerrar imediatamente e de forma definitiva este conflito. O comunicado de Lula reflete seu desejo de contribuir para a promoção da paz e a defesa dos direitos humanos em todo o mundo.
Lula não se eximiu de condenar o terrorismo em todas as suas formas, afirmando que o Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito. Ele convocou a comunidade internacional a trabalhar para retomar negociações que conduzam a uma solução que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados.
As preocupações internacionais com os eventos no Oriente Médio continuam a aumentar. A Comissão de Inquérito sobre o Território Palestino Ocupado, da ONU, divulgou evidências de que o governo de extrema direita de Benjamin Netanyahu está cometendo crimes de guerra. Além disso, denunciaram o cerco total a Gaza, que envolve o bloqueio de recursos essenciais.
A situação humanitária é crítica. Desde o início dos conflitos, quase 600 mil habitantes de Gaza vivem confinados em cerca de 350 km² do território. As fronteiras com Israel e o Egito permanecem fechadas, e centenas de milhares de pessoas tiveram que fugir de suas casas.
Em meio a esse caos, Lula levanta sua voz, ecoando uma preocupação universal: a proteção das crianças. Em um mundo onde a brutalidade não conhece fronteiras, o apelo por sua segurança e bem-estar se torna uma necessidade urgente.
