Líder de Atos Golpistas Cita Inação da PMDF no 8 de Janeiro

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Uma figura de destaque nos atos golpistas, Ana Priscila Azevedo, atualmente detida, prestou depoimento hoje na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), onde ela criticou veementemente a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) pela aparente inação durante os eventos de 8 de Janeiro.

A líder afirmou que a corporação “não fez absolutamente nada” e descreveu um cenário surpreendentemente desguarnecido. Durante seu depoimento, ela questionou a ausência de medidas como a presença da tropa de choque, barreiras de concreto e um contingente policial significativo.

Segundo Ana Priscila, que nasceu e foi criada em Brasília, a Praça dos Três Poderes estava notavelmente desprotegida naquela data, uma situação inédita em sua experiência. Ela também relatou a falta de um contingente policial significativo e a inatividade das viaturas e policiais presentes. Apenas uma barreira de revista de poucos policiais foi mencionada por ela.

A depoente também questionou a presença da Força Nacional no Ministério da Justiça, que, de acordo com o ministério, atuou de acordo com um acordo prévio com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Ana Priscila culpou o Exército pela continuidade das manifestações golpistas em frente aos Quartéis-Generais.

Ela alegou que os acampamentos permaneceram por muito tempo sem nenhuma intervenção, o que levou à percepção de que eram bem-vindos. Ana Priscila manteve canais no Telegram com mais de 50 mil participantes, incentivando invasões e outros atos de violência. Mensagens obtidas pelo Metrópoles mostram a mobilização violenta pelo golpe de Estado em grupos que ela administrava.

Os grupos, frequentemente removidos por ordem judicial, retornavam “do zero” e eram usados para planejar e incitar atos de violência. As mensagens claramente demonstravam a intenção de invadir prédios públicos, como ocorreu em 8 de Janeiro. Além disso, elas destacavam a liderança de Ana Priscila, que negou esse posto em seu depoimento.

Ana Priscila Azevedo se tornou uma espécie de “influenciadora” da direita após a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas. Ela administrava grupos online de pessoas que queriam anular o resultado democrático e frequentemente enviava mensagens de áudio incitando seus seguidores.

No dia anterior ao 8 de Janeiro, Ana Priscila declarou que iria “sitiar os Três Poderes” e incentivou invasões. Durante os eventos, ela comemorou a violência enquanto manifestantes agrediam policiais e danificavam símbolos democráticos. No entanto, como não foi presa naquela data, alguns membros da direita a acusaram de ser uma “infiltrada” da esquerda, levando à sua prisão em 10 de Janeiro.

A defesa de Ana Priscila tem criticado as condições de sua prisão e o andamento do processo, questionando a falta de denúncias formais e alegando que ela estava sendo mantida em isolamento.

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