Israel anuncia possível invasão ao norte de Gaza e ONU alerta sobre “consequências devastadoras”

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Uma tensão alarmante se estabelece na Faixa de Gaza, à medida que Israel dá um aviso de possível invasão ao norte da região. O Exército de Israel comunicou à Organização das Nações Unidas (ONU) que cerca de 1,1 milhão de palestinos naquela área têm 24 horas para evacuar, em um anúncio que levanta sérias preocupações.

Stéphane Dujarric, porta-voz da ONU, enfatizou que uma invasão na região norte de Gaza teria “consequências humanitárias devastadoras”. A organização fez um apelo veemente para que qualquer ordem nesse sentido seja revogada, a fim de evitar que uma tragédia se torne uma calamidade.

No entanto, o grupo palestino radical Hamas, que controla a Faixa de Gaza, reagiu à notificação do exército israelense chamando-a de “propaganda falsa”. O Hamas encorajou os palestinos na área norte de Gaza a permanecerem em suas casas e não cederem à guerra psicológica supostamente travada por Israel.

Nesta quinta-feira (12), o Exército israelense afirmou que cerca de 300 mil soldados estão posicionados na fronteira norte de Gaza, prontos para uma possível invasão. O major Roni Kaplan, porta-voz das Forças de Defesa de Israel, declarou que estão preparados caso o governo democrático de Israel opte por tal ação.

Desde o início dos ataques israelenses à Faixa de Gaza, após uma ofensiva do Hamas no último sábado (7), cerca de 2.700 ataques já foram registrados em Gaza, de acordo com Kaplan. Enquanto o governo de Benjamin Netanyahu alega que os alvos são membros do Hamas, organizações de direitos humanos afirmam que Israel tem atacado sistematicamente escolas, hospitais e abrigos para refugiados.

Juliette Touma, diretora de comunicações da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (Acnur), relatou que nove funcionários da agência foram mortos desde o início dos ataques israelenses na Faixa de Gaza. Ela enfatizou a necessidade de proteger civis, mesmo em tempos de conflito, de acordo com as leis da guerra.

Touma também destacou que 18 escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) foram destruídas durante os bombardeios israelenses.

Na quarta-feira (11), a Comissão de Inquérito sobre o Território Palestino Ocupado da ONU divulgou “claras evidências” de crimes de guerra cometidos pelo governo de Benjamin Netanyahu. A comissão expressou sérias preocupações com o “cerco total” a Gaza, que envolve bloqueio de água, alimentos, eletricidade, combustível e medicamentos, classificando-o como um “castigo coletivo”.

A Comissão instou tanto as forças de segurança israelenses quanto os grupos armados palestinos a respeitar estritamente o direito internacional humanitário e o direito internacional dos direitos humanos.

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