Inovador Transplante: Macaco Sobrevive por 2 Anos com Rim de Porco Geneticamente Editado

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Um feito científico notável abalou as fronteiras da medicina em um marco de inovação. Um macaco da espécie Macaca fascicularis não apenas sobreviveu, mas prosperou por mais de dois anos após receber um rim geneticamente editado de um porco. Este triunfo, que acende as esperanças para avanços no campo dos transplantes de órgãos, foi registrado recentemente na prestigiosa revista Nature.

O experimento pioneiro foi conduzido por uma colaboração entre a renomada empresa de biotecnologia norte-americana eGenesis e destacados pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard, nos Estados Unidos. A chave para esse sucesso revolucionário reside na utilização da notória ferramenta de edição genética, CRISPR, que permitiu aos cientistas alterar genes específicos de uma raça de porcos em miniatura conhecidos como Yucatán.

Esses porcos, em sua maturidade, possuem rins de tamanho aproximadamente equivalente aos de um ser humano adulto. No entanto, nesse estudo inovador com macacos, os órgãos doados foram transplantados quando ainda eram notavelmente menores, desafiando as expectativas.

As modificações genéticas nos porcos visaram prevenir a rejeição dos órgãos transplantados, bem como eliminar qualquer vestígio de vírus suínos. Posteriormente, os rins desses animais geneticamente aprimorados foram transplantados em 21 macacos, marcando um avanço promissor na busca por alternativas viáveis para transplantes de órgãos.

O resultado mais surpreendente foi a notável taxa de sobrevivência. Macacos submetidos a rins editados geneticamente, desenhados para desativar três genes que desencadeiam a rejeição imunológica, normalmente sobreviveriam por meros 24 dias. No entanto, quando os cientistas introduziram sete genes humanos, projetados para reduzir a coagulação sanguínea, inflamação e outras reações imunitárias, a sobrevida dos macacos se estendeu para cerca de 176 dias. Mais notável ainda, um indivíduo desafiou todas as expectativas, alcançando uma marca incrível de mais de dois anos de sobrevivência, totalizando 758 dias, graças a um tratamento que suprimiu seu sistema imunológico.

Michael Curtis, diretor executivo da eGenesis, descreveu este avanço como “um marco extraordinário” que injeta esperanças na abordagem a transplantes de órgãos e que “pode abrir caminho para melhores resultados para inúmeros indivíduos que necessitam de transplantes de órgãos que salvam vidas.”

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