Hoje, no epicentro da diplomacia internacional, a proposta do Brasil para uma resolução sobre o conflito entre Israel e a Palestina encontrou um obstáculo intransponível: o veto dos Estados Unidos.
Os Votos em Jogo
Nesta quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU testemunhou um debate que capturou a atenção global. O projeto brasileiro recebeu um apoio sólido com 12 votos a favor, enquanto o Reino Unido e a Rússia se abstiveram. No entanto, foi o único voto contra que roubou os holofotes, pertencente aos EUA, que tradicionalmente têm apoiado Israel nas deliberações das Nações Unidas.
Declarações Transatlânticas
É importante notar que, simultaneamente à votação, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em visita a Israel, declarou seu apoio incondicional ao país após se reunir com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. As posições claras e imutáveis dos EUA em relação a Israel se mantiveram, independentemente da situação.
O Peso do Veto
As regras do jogo no Conselho de Segurança da ONU são implacáveis. Resoluções requerem a aprovação de todos os membros permanentes, incluindo China, EUA, França, Reino Unido e Rússia, que detêm o poder de veto nas votações. Assim, a rejeição americana impediu a passagem da proposta brasileira.
O Conteúdo da Proposta
A resolução apresentada pelo Brasil solicitava a abertura de corredores humanitários em Gaza, condenava os ataques do Hamas e instava a pausas na guerra para garantir assistência aos civis e a retomada de serviços essenciais. Questões humanitárias no centro do palco.
Outras Tentativas e Críticas
Esta não foi a primeira tentativa de encontrar uma solução. Anteriormente, uma resolução russa enfrentou o mesmo destino cruel. Cinco países a apoiaram, mas os EUA, Reino Unido, França e Japão se opuseram. Além disso, outros seis países optaram pela abstenção, incluindo o Brasil. A tentativa russa enfatizou um cessar-fogo imediato e a libertação de prisioneiros, condenando a violência contra civis.
A Sombra da Ineficácia
É importante notar que o Conselho de Segurança da ONU não aprova uma resolução sobre a crise no Oriente Médio desde 2016. Essa inação gerou críticas sobre a eficácia da organização em lidar com conflitos internacionais, ecoando as falhas anteriores na crise ucraniana.
Reflexão Russa
Vasily Nebenzya, o Representante Permanente da Rússia na ONU, não poupou palavras ao comentar o veto dos EUA à resolução brasileira. Ele classificou a ação como um “fracasso da política externa” e uma demonstração de hipocrisia e padrões duplos por parte dos Estados Unidos.