Desmatamento Devasta Florestas Brasileiras: Um Alerta Ambiental

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O Brasil, uma nação rica em biodiversidade, enfrenta uma dura realidade revelada por um estudo recente do Mapbiomas: 15% de suas florestas naturais foram sacrificadas nas últimas quatro décadas, entre 1985 e 2022. Esse alarmante relato, divulgado na sexta-feira (20), aponta para o impacto devastador do desmatamento em todos os biomas do país. As estatísticas, embora preocupantes, são cruciais para chamar a atenção para a urgente necessidade de estratégias de conservação regionais.

Em 1985, as florestas naturais cobriam impressionantes 581,6 milhões de hectares do território brasileiro. Contudo, em 2022, essa área despencou para 494,1 milhões de hectares, o equivalente a 3,5 vezes o tamanho do estado de São Paulo.

O estudo intitulado “As Florestas do Brasil 1985 – 2022” traz uma revelação impactante: 95% do desmatamento nesse período foi convertido para agropecuária, incluindo pastagens e áreas de cultivo agrícola. Isso aponta de maneira inegável o agronegócio como o principal motor por trás da degradação ambiental.

Outro dado que aumenta a preocupação é a aceleração do desmatamento nos últimos cinco anos, responsável por 11% de todo o desflorestamento ocorrido nas últimas quatro décadas. A coordenadora científica do MapBiomas, Julia Shimbo, enfatiza que as florestas desempenham um papel vital não apenas na manutenção do equilíbrio climático, mas também na proteção dos serviços ecossistêmicos essenciais para a sociedade e a economia. A perda contínua das florestas ameaça diretamente a biodiversidade, a qualidade da água, a segurança alimentar e a regulação climática.

As florestas naturais analisadas incluem diversas formações, como florestas, savanas, florestas alagáveis, manguezais e restingas.

No cenário desolador, a Amazônia e o Cerrado emergem como os biomas mais afetados, com perdas de 13% e 27% de suas florestas naturais, respectivamente, nos últimos 38 anos. Esses biomas somam mais de 80% do desmatamento de florestas naturais durante o período analisado. Regiões no epicentro do desmatamento, como Mato Grosso e Pará, sofreram as maiores perdas, com 31,4 milhões e 18,4 milhões de hectares desmatados, respectivamente. Uma nota de otimismo é que os estados do Rio de Janeiro e São Paulo foram as únicas regiões a ganharem área florestal.

Enquanto a Amazônia, segundo especialistas, caminha perigosamente em direção a um ponto de não retorno, cresce a apreensão sobre o destino das savanas, ecossistemas caracterizados por vegetações esparsas e predominância de arbustos e gramíneas. Biomas como o Cerrado e a Caatinga já perderam parte significativa de sua vegetação nativa, e o ritmo alarmante do desmatamento nas savanas, especialmente na região do Matopiba, é motivo de preocupação.

Este é um alerta claro da necessidade urgente de repensar nossa abordagem à preservação ambiental e adotar práticas sustentáveis, para garantir um futuro melhor para o Brasil e para o nosso planeta.

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