Em meio a uma situação humanitária desoladora na Faixa de Gaza, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que as tropas israelenses enfrentam dificuldades para evitar a morte de civis palestinos durante a incursão terrestre para desmantelar o Hamas. Em uma entrevista à CBS, Netanyahu afirmou que, apesar dos esforços para minimizar vítimas civis, o sucesso tem sido limitado.
O líder israelense reiterou a narrativa de que o governo alerta os palestinos sobre áreas a serem atacadas por meio de panfletos e telefonemas, enquanto acusa o Hamas de utilizar a população como escudo humano. Essa postura contrasta com declarações anteriores, como a do ministro da Defesa, Yoav Gallant, que classificou o conflito como uma luta contra “animais”.
A Faixa de Gaza enfrenta um cenário desolador, com comunicações interrompidas, escassez de combustível e hospitais sitiados. A população civil, especialmente crianças, suporta o peso da campanha militar israelense, resultando em mais de 11.500 mortes, incluindo 4.700 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. A maioria da população está deslocada, e a situação humanitária é agravada pelo apagão nas comunicações.
Intervenção Brasileira e Diálogo com Israel
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, dialogou com o presidente de Israel, Isaac Herzog, discutindo a repatriação de brasileiros da Faixa de Gaza. Lula expressou gratidão pelo apoio israelense na operação anterior e anunciou a preparação de uma nova lista de brasileiros e seus parentes palestinos para repatriação.
Herzog manifestou preocupação com reféns latino-americanos sequestrados pelo Hamas, instando Lula a reforçar apelos pela libertação. Lula reafirmou o compromisso pacífico do Brasil, condenou o antissemitismo e defendeu a solução de dois Estados para Israel e Palestina.
Repercussão e Desafios Humanitários
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) elogiou a conversa entre os presidentes do Brasil e Israel, destacando as declarações de Lula contra o antissemitismo. No entanto, a confederação expressou preocupação com a retórica antijudaica no Brasil.
Enquanto a comunidade judaica elogia a postura de Lula, a crise humanitária persiste em Gaza, com a comunicação interrompida, falta de combustível e hospitais sob ataque militar. A situação destaca a urgência de uma intervenção humanitária eficaz para aliviar o sofrimento da população civil.
