Uma decisão da Justiça do Trabalho determinou que a General Motors reintegre 839 trabalhadores demitidos, com multa diária de R$1 mil por trabalhador não reintegrado. No entanto, apesar da liminar, a greve de 11,5 mil metalúrgicos nas fábricas da GM no estado de São Paulo continua, já que a empresa ainda não cumpriu a ordem judicial e os trabalhadores reivindicam a reversão de todas as cerca de 1,2 mil demissões feitas por telegrama.
A ação sindical abrange fábricas em São José dos Campos, Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul, com os respectivos tribunais regionais tratando das questões legais. Os sindicatos comprometem-se a agir de forma conjunta, enquanto aguardam uma resposta da GM.
A decisão judicial é vista como uma vitória, mas a luta persiste, pois a GM continua buscando reestruturar suas operações e implementar demissões. Os metalúrgicos enfatizam a necessidade de manter a unidade na luta em todas as três plantas.
A GM ainda não se manifestou sobre a decisão judicial, e os trabalhadores permanecem em greve à espera de uma resolução. O caso destaca um rompimento de um acordo prévio que garantia a estabilidade de emprego até maio de 2024, em troca de um programa de incentivo fiscal do governo.
O contexto das demissões ocorre em meio a incentivos fiscais significativos para a indústria automobilística no Brasil. O governo Lula havia concedido R$ 800 milhões em isenções fiscais à indústria, enquanto a GM registrou um lucro líquido substancial neste trimestre. A empresa justifica as demissões como uma “adequação necessária” devido à queda nas vendas e exportações.