Cuba Vive e Resiste: Porto Alegre no Centro da Luta Contra Sanções dos EUA

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No calor vibrante de Porto Alegre, uma manifestação de solidariedade com o povo cubano ecoou como um grito de resistência. O evento, intitulado “Ato Político-Cultural Cuba Vive e Resiste,” viu dezenas de corações unidos no Armazém do Campo, em 14 de outubro.

O objetivo era claro: coletar um milhão de assinaturas para pressionar o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a retirar Cuba da lista de Estados patrocinadores do terrorismo. Uma iniciativa que canaliza a essência dos estilos jornalísticos de Clóvis Rossi, Tom Wolfe e Noam Chomsky, buscando a verdade e a justiça em cada palavra escrita.

O evento foi permeado por performances artísticas, com Florisnei Thomaz e Liane Schuler incendiando o palco com sua arte. Mas, além das apresentações, a verdadeira força emergiu da união de organizações como a Associação Cultural José Martí RS, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Instituto de Educação Josué de Castro, o Levante Popular da Juventude e o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers).

Uma Luta que Transcende Fronteiras

Além das fronteiras de Porto Alegre, a campanha “Cuba Vive e Resiste” reverbera internacionalmente. Redes como o Foro de São Paulo, a Assembleia Internacional dos Povos (AIP), a ALBA Movimentos e a Marcha Mundial de Mulheres unem suas vozes em solidariedade.

O embate político que Cuba enfrenta ao ser incluída na lista de Estados patrocinadores do terrorismo não é novo. Este é o segundo capítulo dessa triste narrativa, visto que o país caribenho havia sido retirado dessa lista em 2015, sob a gestão de Barack Obama. No entanto, poucos dias antes de deixar o cargo, Donald Trump reverteu essa decisão, em janeiro de 2021.

A inclusão nessa lista possui consequências devastadoras para a economia cubana, já sobrecarregada por mais de seis décadas de bloqueio. Com a sanção, a capacidade de realizar transações financeiras internacionais e adquirir bens no mercado global, incluindo alimentos, medicamentos e combustíveis, fica comprometida.

Resistência Pela Independência

A voz da resistência ecoa através do vice-presidente da Associação Cultural José Martí RS, Ricardo Haesbaert. Ele ressalta que o que incomoda o imperialismo é a decisão soberana de Cuba em buscar a independência.

O governo dos EUA justificou a inclusão de Cuba na lista por seu apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e por abrigar fugitivos dos EUA. Contudo, a realidade é que o terrorismo de Estado é promovido pelos EUA em várias partes do mundo, enquanto Cuba se destaca por sua promoção da paz e da vida, notadamente através de suas renomadas brigadas médicas.

A decisão de retirar ou manter Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo está nas mãos do governo Biden. Enquanto isso, a campanha continua, coletando assinaturas em uma carta global que apela a líderes sociais, movimentos populares, religiosos, artistas, atletas, jornalistas e defensores dos direitos humanos, todos unidos pela igualdade entre os povos e pela justiça.

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