O ministro do patrimônio israelense, Amichay Eliyahu, foi suspenso de seu cargo nas reuniões do gabinete pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu após ter declarado que o uso de uma bomba nuclear contra a Faixa de Gaza era “uma opção”. As declarações polêmicas foram feitas durante uma entrevista à Rádio Kol Berama, uma estação de rádio religiosa em Israel.
O gabinete de Netanyahu confirmou a suspensão de Eliyahu, ressaltando a gravidade das declarações. No entanto, posteriormente, o próprio Eliyahu usou suas redes sociais para esclarecer que suas palavras eram “metafóricas” e que qualquer pessoa inteligente entenderia isso. Ainda assim, ele defendeu a necessidade de uma resposta “poderosa e desproporcional ao terrorismo”, destacando a importância de deixar claro que o terrorismo não compensa, referindo-se à guerra.
Enquanto essa polêmica envolve o governo israelense, a situação na Faixa de Gaza continua tensa. No domingo (05), o Egito suspendeu novas autorizações para estrangeiros ou pessoas com dupla nacionalidade cruzarem a fronteira e deixarem Gaza. O posto de Rafah, localizado ao sul do território palestino, também foi fechado. Isso afeta um grupo de 34 brasileiros que aguardam permissão para cruzar a fronteira, a menos de 10 km de Rafah e Khan Yunis, sem uma previsão definida, apesar dos esforços da diplomacia brasileira.
Alguns veículos de imprensa levantam a possibilidade de que o fechamento das fronteiras seja uma retaliação ao ataque conduzido por Israel na sexta-feira (03) contra um comboio de ambulâncias em Gaza. Segundo o Ministério da Saúde local, esse ataque resultou em 15 mortos e 60 feridos. Até o momento, o conflito já causou a triste marca de 9.770 mortos, incluindo 4.880 menores de 18 anos, na Faixa de Gaza. O número de feridos subiu para um total de 26 mil. Em Israel, o conflito resultou em 1.405 mortos, incluindo 346 soldados, além de 5.600 pessoas feridas.
A tensão persiste, e a diplomacia internacional continua buscando uma solução para encerrar o conflito devastador entre Israel e Gaza.
