Crianças em Gaza: Unicef Estima 400 Vítimas Diárias no Massacre Israelense

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Fundação da ONU pede imediato cessar-fogo e condena escalada de violência

Em um comunicado divulgado na noite de quarta-feira, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou os bombardeios do exército israelense no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, como “cenas de carnificina”. De acordo com a entidade, cerca de 400 crianças teriam sido mortas ou feridas a cada dia de conflito, um número alarmante que destaca a gravidade da situação.

O comunicado descreveu os ataques consecutivos ocorridos nos últimos dois dias como terríveis e aterradores. Além disso, apontou que os ataques resultaram em mais de 3.500 crianças supostamente mortas e mais de 6.800 feridas desde o início dos bombardeios, totalizando mais de 400 crianças vítimas a cada dia, ao longo de 25 dias consecutivos. A Unicef enfatizou que essa situação não pode se tornar a norma.

A entidade reiterou seu apelo por um cessar-fogo humanitário imediato, destacando que os campos de refugiados, os assentamentos de deslocados internos e a população civil estão protegidos pelo Direito Internacional Humanitário (DIH). Portanto, as partes em conflito têm a obrigação de respeitar e proteger essas áreas contra ataques.

As Brigadas Al-Qassam, braço armado do Hamas, relataram que sete reféns, incluindo três com passaportes estrangeiros, morreram após o ataque israelense ao campo de refugiados. O total de mortos em Gaza devido aos bombardeios e incursões israelenses já chega a pelo menos 9.000 pessoas. Por outro lado, o número de mortos no lado israelense é de cerca de 1.400 desde o início do conflito.

A pressão internacional sobre Israel aumenta à medida que os ataques continuam atingindo áreas densamente povoadas e agravam a crise humanitária na região. O secretário-geral da ONU, António Guterres, expressou horror com a situação e pediu respeito ao Direito Internacional, que proíbe ataques indiscriminados a alvos civis. Ele condenou fortemente qualquer assassinato de civis.

As Nações Unidas estão seriamente preocupadas que os ataques aéreos israelenses em Jabalia, devido ao alto número de vítimas civis e à extensão da destruição, possam constituir crimes de guerra.

Israel afirma que matou um líder da unidade antitanques do Hamas no bombardeio e alega que o grupo ainda mantém 240 civis israelenses como reféns. O Exército israelense defendeu a ofensiva, afirmando que está ocorrendo de acordo com o planejado e que eles continuam a proteger ferozmente sua fronteira norte, respondendo a qualquer tentativa de ataque ou infiltração em Israel, seja por terra ou ar.

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