Os hospitais na província de Gaza, no norte da Faixa de Gaza, enfrentam um cenário sombrio de cerco e ataques por parte de Israel nos últimos dias, resultando em consequências trágicas para a saúde e vida de pacientes, incluindo seis bebês prematuros que perderam a vida devido à falta de energia.
Os dois maiores centros médicos em Gaza tornaram-se alvos recentes das Forças de Defesa de Israel (FDI). A admissão das FDI de disparar contra a entrada do hospital Al Quds, o segundo maior da região, baseia-se na justificativa de que combatentes do Hamas teriam se “incorporado entre os civis”.
O Crescente Vermelho testemunhou intensos tiroteios nos arredores do hospital Al Quds, destacando a presença de veículos militares israelenses. Em um comunicado, a organização humanitária informou que sua equipe está presa com pacientes e feridos, enfrentando a falta de eletricidade, água e comida.
O vice-ministro da Saúde de Gaza, Youssef Abou Rich, anunciou que todos os hospitais na província de Gaza cessaram suas operações devido à falta de combustível. O maior hospital da Faixa de Gaza, Al Shifa, foi cercado pelas tropas israelenses desde sábado. A falta de eletricidade resultou na morte de seis bebês prematuros e nove pacientes em cuidados intensivos. No sábado, o hospital relatou que 39 bebês prematuros ainda estavam sob cuidados, com as enfermeiras realizando massagens respiratórias manuais para mantê-los vivos.
Tanto o Al Shifa quanto o Al Quds estão enfrentando a falta de energia para manter suas operações. O diretor-geral do Ministério da Saúde de Gaza, Munir al-Bursh, relatou danos aos geradores elétricos, poços de água, parte da unidade de terapia intensiva, piso da maternidade e posto de oxigênio no Al Shifa, resultado dos ataques israelenses.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) perdeu contato com o Al Shifa, enquanto o Al Quds parou de funcionar devido à escassez de combustível.