A CHINA condenou hoje a “coerção econômica” e o “bullying tecnológico” dos EUA, um dia depois de Washington impor novas restrições ao investimento nas indústrias chinesas de alta tecnologia.
O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva na quarta-feira bloqueando o investimento em chips de computador avançados, microeletrônica, tecnologias de informação quântica e inteligência artificial.
A ordem, supostamente emitida por motivos de segurança nacional, segue os EUA proibindo a exportação de chips de computador para a China em uma tentativa de inviabilizar o desenvolvimento tecnológico do país.
Em Pequim, o Ministério do Comércio disse que a ordem “desvia-se seriamente da economia de mercado e dos princípios de concorrência leal que os Estados Unidos sempre defenderam.
“Isso afeta as decisões normais de negócios das empresas, perturba a ordem econômica e comercial internacional e perturba seriamente a segurança das cadeias industriais e de suprimentos globais”.
O ministério disse que a medida minou a alegação de Biden de se opor à “desvinculação” da economia dos EUA da chinesa, enquanto o jornal Global Times publicou um editorial alertando que as restrições “apenas fortaleceriam nossa determinação de acelerar a inovação independente”.
A intensificação da guerra comercial dos EUA contra a China fez com que o investimento estrangeiro direto na segunda maior economia do mundo caísse acentuadamente no ano passado, embora continue sendo o maior parceiro comercial da maioria dos países do mundo. Enquanto as economias ocidentais lutam contra uma inflação alta, a China vive uma deflação com a redução de preços, o que preocupa alguns economistas como sinal de baixa demanda.
Políticos dos EUA, incluindo o congressista democrata Raja Krishnamoorthi e a candidata presidencial republicana Nikki Haley, exigiram mais e mais duras sanções contra a China. Os lobistas também visaram a Rússia para novas sanções, com Henry Sokolski do Nonproliferation Policy Education Center dizendo que os EUA e a UE deveriam parar de importar urânio russo para alimentar suas usinas nucleares. As exportações russas de urânio para os EUA e a UE totalizaram US$ 1,7 bilhão (£ 1,3 bilhão) no ano passado.
Source: https://www.morningstaronline.co.uk/article/w/china-slams-us-tech-bullying-after-washington-imposes-new-restrictions-investment
