Em um marco histórico que ecoa nos recônditos do país, o Censo de 2022, conduzido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desvendou um Brasil em transformação. Pela primeira vez em mais de um século, desde o longínquo ano de 1872, o cenário demográfico do país revela a presença dominante das mulheres em todas as faixas etárias, consolidando uma mudança profunda e notável na composição populacional.
De acordo com os dados mais recentes, a nação abriga um total de 203.080.756 habitantes, e o que mais chama a atenção é a parcela feminina, que compõe 51% desse contingente, totalizando 104 milhões de mulheres. Em contrapartida, os homens representam 48% da população, somando 98 milhões.
Uma peculiaridade emerge nesse cenário: a única exceção a essa supremacia feminina se encontra na faixa etária de 0 a 19 anos, onde a população masculina predomina. No entanto, essa discrepância é atenuada por um fato inexorável: os homens têm uma expectativa de vida menor, seja por causas naturais ou, lamentavelmente, em decorrência da violência urbana que assola o país.
Os dados revelados pelo Censo refletem que o Estado do Rio de Janeiro ostenta a maior proporção de mulheres, compreendendo 52,8% da população, enquanto os homens representam 47,2%. Seguindo de perto, o Distrito Federal e os estados de Pernambuco, Sergipe e Alagoas também exibem uma presença significativa de mulheres em sua população.
O fenômeno da predominância feminina não é circunscrito a uma única região do país; ele é uma constante que percorre todo o território nacional.
Esse Censo de 2022 não é apenas uma mera contagem populacional; é um testemunho eloquente das mudanças sociais em curso no Brasil. À medida que as mulheres emergem como maioria em todas as faixas etárias, nosso país experimenta uma metamorfose demográfica que reflete uma sociedade em evolução, na qual o papel e a influência das mulheres são cada vez mais proeminentes.
