Celular de Ex-Ministro Revela Conteúdo Polêmico e Investigatório

0
24

No mais recente episódio de revelações surpreendentes, o celular de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, apresentou uma série de conteúdos considerados controversos por investigadores. Entre as descobertas, uma imagem datada de dezembro do ano passado sugere o enforcamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de aliados durante a posse presidencial. Esse achado levanta questões sobre o teor político da comunicação de Torres.

Além disso, o aparelho revelou material que convocava para “concentração nos quartéis”, com o propósito de “exigir intervenção federal”, um termo que também foi utilizado por familiares de Mauro Cid em interceptações telefônicas. Essas revelações aprofundam ainda mais as preocupações sobre a retórica e as ações de grupos políticos.

Alegações infundadas de fraude nas urnas, bem como críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e, em particular, ao ministro Alexandre de Moraes, são encontradas no celular de Torres. O aparelho ainda abriga a insinuação de que Moraes teria adquirido imóveis com recursos incompatíveis com seu salário de ministro do STF.

Outras informações, como detalhes sobre a criação de aves, um hobby que levou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a realizar uma operação na residência de Torres, também estavam presentes no dispositivo.

Destaca-se uma imagem chamada “A rampa”, datada de 3 de dezembro de 2022, que apresenta uma mensagem sugestiva: “Os corruptos comunistas que fraudaram as eleições subirão nesta rampa em Brasília construída pelo povo brasileiro”. Notavelmente, a imagem retrata uma rampa que leva a uma forca, um simbolismo preocupante.

No mesmo dispositivo, há um panfleto convocando manifestações quatro dias após o segundo turno eleitoral, clamando por um “Fora Lula”. Outro registro inclui uma captura de tela de uma postagem no Instagram alegando que urnas eletrônicas haviam sido “descartadas ilegalmente” em Porto Alegre após o segundo turno.

A análise do celular também revela uma ilação sobre Alexandre de Moraes. Acompanhando uma foto do ministro do STF, uma legenda questiona a origem do dinheiro usado para comprar oito imóveis, com um valor médio de R$ 4 milhões cada, considerando o salário oficial de R$ 39 mil de Moraes. Essa alegação coincide com críticas de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro em relação a Moraes, alegando perseguição política e parcialidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O celular de Anderson Torres também armazena uma nota intitulada “Aonde quer chegar o STF?”, datada de 23 de abril de 2022, assinada pela Comissão Interclubes Militares. Nessa nota, o STF é acusado de demonstrar viés político e preferências partidárias, questionando as motivações dos ministros do tribunal em relação à democracia e ao país.

Investigado por suas ligações com potenciais atividades ilegais, como a minuta de um golpe encontrada em sua residência e sua suposta omissão durante os eventos de 8 de Janeiro, quando era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Torres afirmou ter perdido o celular nos Estados Unidos e não o entregou à Polícia Federal. A recuperação das informações só foi possível após acessar dados salvos na nuvem.

Além de questões políticas, o celular de Torres também revela detalhes sobre seu hobby de criação de aves, uma faceta de sua vida pessoal que agora é pública e sujeita a escrutínio.

O que você achou disso?

Clique nas estrelas

Média da classificação 0 / 5. Número de votos: 0

Nenhum voto até agora! Seja o primeiro a avaliar este post.



Deixe uma resposta