O Brasil, conhecido por sua vasta beleza natural, está testemunhando mudanças profundas e alarmantes em seu clima e ambiente. Não podemos mais ignorar os sete sinais inegáveis de uma crise climática que se desenrola em nosso território. Desde janeiro de 2019, cerca de 40% das cidades brasileiras declararam estado de emergência devido a tempestades, inundações, enxurradas ou alagamentos. No ano passado, um surpreendente 13% da população brasileira foi impactada por eventos climáticos extremos. Essa série de eventos está se tornando cada vez mais frequente, corroborando as preocupações de ambientalistas de que estamos efetivamente na era da crise climática.
- Seca no Amazonas: Um dos estados mais afetados é o Amazonas, onde a estiagem tem reduzido drasticamente as áreas de água. Em apenas um ano, 13,9 mil km² de superfície de água desapareceram, equivalente a onze vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
- Chuvas escassas em Belém: Na capital do Pará, em setembro, a quantidade de chuva registrada foi de apenas 32,7 milímetros, representando míseros 27% da média histórica de 120,1 mm. No mesmo mês, Belém também experimentou as temperaturas mais altas dos últimos 33 anos.
- Chuvas torrenciais no Sul: Em contraste com Belém, o Sul do Brasil sofreu com chuvas torrenciais em setembro, que resultaram em dezenas de mortes e milhares de desabrigados. A capital gaúcha registrou o maior acumulado de chuva em um único mês desde 1916.
- Seca histórica do Rio Negro: O Rio Negro, o sétimo maior rio do mundo, enfrenta uma seca sem precedentes. Há apenas dois anos, tinha uma profundidade de 30,2 metros, um dos níveis mais elevados já registrados. No entanto, a estiagem de 2023 causou uma diminuição drástica, atingindo 13,2 metros de profundidade em outubro deste ano, o nível mais baixo já registrado.
- Emergência em municípios: Mais de duas mil cidades brasileiras declararam estado de emergência desde 2019 devido a tempestades, inundações, enxurradas ou alagamentos. Isso representa impressionantes 40% dos municípios do Brasil que passaram por eventos climáticos extremos nos últimos quatro anos.
- Crescimento de desabrigados: O número de pessoas que tiveram que abandonar suas casas devido a chuvas intensas em 2022 superou o acumulado dos cinco anos anteriores. No ano passado, foram 576 mil pessoas, mais que o dobro do recorde anterior, que se deu em 2020, quando 208 mil pessoas ficaram desalojadas ou desabrigadas.
- Aumento de eventos extremos: Eventos climáticos extremos estão se tornando mais comuns no Brasil. Em 2022, 26,2 milhões de brasileiros foram afetados por eventos desse tipo, um aumento de 75% em relação ao ano anterior.
Essas mudanças climáticas têm sérias implicações para o Brasil e seu povo. A necessidade de ações urgentes e sustentáveis é mais evidente do que nunca. A crise climática não é uma ameaça futura; está acontecendo agora.
