Blogueiro Bolsonarista Confirma Transporte de Dinamite em Depoimento na CPI

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Na quinta-feira (5), a CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal ouviu o depoimento do blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza, condenado e preso por seu envolvimento na tentativa de explosão do Aeroporto Internacional de Brasília. Durante seu testemunho, Souza negou qualquer participação direta no crime, mas admitiu ter transportado Alan Diego dos Santos, condenado por colocar dinamite em um caminhão destinado à explosão na área do aeroporto.

Wellington Souza, que foi nomeado servidor em 2019 no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, então liderado por Damares Alves (Republicanos), estava cumprindo prisão domiciliar no dia da tentativa de ato terrorista. Isso ocorreu devido a diversos inquéritos relacionados a fake news. Ele explicou que recebeu uma mensagem solicitando que desse carona a um dos manifestantes e, por isso, dirigiu-se ao acampamento montado na frente do Exército em Brasília e levou Alan dos Santos até o aeroporto.

A reviravolta na história aconteceu quando Wellington percebeu que estava transportando uma dinamite em seu carro e que se tratava de um atentado. “Quando eu percebi que tinha algo estranho, eu insisti mais ainda que ele procurasse um aplicativo e me deixasse ir para casa. E a noite foi passando, e ele me fazendo rodar pela cidade”, afirmou o depoente. Ele alegou ser vítima de uma conspiração criminosa de dois homens que não conhecia.

O presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT), questionou sobre os locais pelos quais eles passaram durante esse trajeto. As informações da tornozeleira eletrônica de Wellington confirmaram que eles passaram pela rodoviária do Plano Piloto e pelas regiões administrativas de Samambaia e Taguatinga, próximas às torres de distribuição de energia de Taguatinga Sul. Vigilante ressaltou que o plano original incluía bombas na Rodoviária de Brasília e no Aeroporto, o que poderia ter resultado em uma tragédia com inúmeras vítimas.

O deputado Fábio Félix (PSOL) destacou o envolvimento de Wellington Souza com as redes sociais, onde promovia opiniões políticas e disseminava fake news. O depoente negou qualquer relação com Damares Alves e afirmou ter sido contratado devido ao seu currículo. Félix também enfatizou a ligação de Souza com o movimento de extrema direita liderado pelo ex-presidente Bolsonaro.

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