Sindicatos, movimentos populares e partidos políticos se unem para celebrar os 70 anos da Petrobras com uma manifestação no coração do Rio de Janeiro, a partir das 15h desta terça-feira (3). O evento não é apenas uma comemoração, mas uma declaração de compromisso com a preservação das empresas estatais do Brasil.
“Este será um dia de celebração, mas também de fortalecimento da nossa batalha pela reversão das privatizações e pela reconstrução de um Brasil soberano, democrático e com justiça social,” anunciou Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), uma das entidades que participará da manifestação. Nos últimos dez anos, a Petrobras, em particular, desinvestiu parte de seu patrimônio, principalmente durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). De 2019 a 2022, 68 ativos foram vendidos, incluindo quatro refinarias, uma distribuidora de combustíveis, uma de gás, usinas de biocombustíveis, projetos eólicos, termelétricas e até campos de petróleo do pré-sal.
A empresa também cortou investimentos e reduziu seu quadro de funcionários, perdendo parte de sua relevância para a economia nacional. No entanto, a Petrobras agora demonstra interesse em recuperar essa importância sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que retirou a empresa do Programa Nacional de Desestatização, junto com outras estatais. O governo Lula também levou questões relacionadas à privatização da Eletrobras ao Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de aumentar seu poder de voto sobre a empresa.
Em apoio à reestatização da Eletrobras, o ato desta terça-feira terá início na antiga sede da empresa, na Rua da Quitanda, no centro do Rio, e seguirá até a Candelária, onde ocorrerá uma manifestação às 17h, contando com a participação do atual presidente da Petrobras, o ex-senador Jean Paul Prates (PT).
