A renomada ativista palestina Ahed Tamimi, cuja resistência contra a ocupação israelense na Cisjordânia a tornou um ícone, foi detida pelas autoridades israelenses sob a acusação de “incitação ao terrorismo”. A prisão ocorreu em Nabi Saleh, sua cidade natal na Cisjordânia.
As autoridades israelenses justificaram a prisão como parte de uma operação no norte da Cisjordânia para deter indivíduos suspeitos de envolvimento em atividades terroristas e incitação ao ódio. A ação foi baseada em uma publicação atribuída a Tamimi, na qual supostamente ela pedia o “massacre” de israelenses em várias cidades da Cisjordânia. No entanto, sua mãe, Narimane Tamimi, negou veementemente que sua filha tenha feito tal postagem, alegando que várias contas de redes sociais com a foto de Ahed Tamimi, mas sem seu vínculo, frequentemente aparecem.
A vida de Ahed Tamimi tem sido marcada por sua defesa da Palestina desde tenra idade. Em 2012, uma imagem dela enfrentando soldados israelenses aos 13 anos ganhou destaque global. Em 2017, aos 17 anos, ela foi detida pelo exército israelense, cumprindo oito meses de prisão em Israel.
A prisão de Tamimi e as acusações de incitação ao terrorismo atraíram atenção para o contexto mais amplo do conflito árabe-israelense, que tem suas raízes em questões históricas e territoriais complexas, incluindo a criação do Estado de Israel em 1948 e a ocupação israelense na Palestina.