Neste domingo (19), os argentinos aguardam ansiosos o desfecho de uma eleição histórica que decidirá os rumos do país a partir de 10 de dezembro. Sergio Massa e Javier Milei protagonizam uma disputa acirrada, polarizando o cenário político. Especialistas apontam para um momento crucial na história argentina, destacando a eleição como a “mais importante” até o momento.
O país se depara com duas trajetórias distintas: um governo de centro, buscando conciliação com a ala progressista do peronismo e diálogo com movimentos sociais, ou uma guinada à extrema direita, potencialmente mergulhando a nação no “caos”.
Gonzalo Armúa, responsável pelas Relações Internacionais da Frente Pátria Grande, prevê tumultos iminentes em caso de vitória de Milei. Destaca a mobilização da população em defesa dos direitos humanos, educação pública e saúde, prevendo uma adesão ampla a essas causas.
Hugo Yasky, deputado federal e secretário-geral da Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), faz um paralelo com a experiência brasileira, alertando sobre os perigos caso Milei cumpra suas promessas, evocando a destruição associada ao governo Bolsonaro.
Em caso de vitória de Milei, a direita argentina enfrentará uma disputa interna pelo controle do poder, levantando dúvidas sobre a capacidade de governança do candidato da extrema direita. A presença constante do ex-presidente Maurício Macri é antecipada para garantir apoio e evitar o isolamento de Milei no parlamento.
Armúa destaca a polarização, indicando o apoio diversificado a Massa, enquanto Milei conta principalmente com Macri, sem respaldo de governadores ou prefeitos.
A possível vitória de Massa sugere um governo de coalizão, refletindo a união contra Milei mais do que o carisma ou agenda política do peronista. O ministro da Economia do governo atual, Alberto Fernandez, enfatiza sua prioridade na agenda econômica, crucial diante da inflação de 142% ao ano e 40% da população vivendo na pobreza.