No último domingo, 19, o Brasil foi palco de um evento meteorológico notável, quando Araçuaí, uma cidade mineira de pouco mais de 34 mil habitantes, escreveu um novo capítulo na história climática do país ao atingir uma temperatura recorde de 44,8 ºC, conforme registros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Este marco supera a antiga marca, estabelecida em 2005 em Bom Jesus (PI), que alcançou 44,7 ºC.
A onda de calor que envolveu o país em 2023 revela uma excepcional persistência, com sete das oito ondas ultrapassando a barreira dos 40 ºC, de acordo com o Inmet. Apenas em outubro, a cidade goiana de Aragarças testemunhou onze dias com temperaturas extraordinariamente elevadas, atingindo 44,3 ºC.
Nesta segunda-feira, 20, o Inmet emitiu um alerta de tempestades em 460 municípios nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Essas tempestades podem trazer ventos de até 100 quilômetros por hora, granizo, riscos de queda de árvores, alagamentos, falta de energia elétrica e danos às plantações. Outro alerta foi direcionado para os estados do Amazonas, Acre, Rondônia e partes do Pará e Mato Grosso, prevendo chuvas intensas, incluindo rajadas de vento e descargas elétricas.
O fenômeno climático em Araçuaí não apenas desencadeou discussões sobre as mudanças climáticas, mas também levanta questões sobre a preparação e a resiliência necessárias para enfrentar eventos extremos. O calor histórico quebrando recordes de temperatura é um chamado para ações urgentes e políticas eficazes para lidar com os impactos cada vez mais evidentes das mudanças climáticas no Brasil.
